ela e a multidão


e naquele cenário tenebroso, enquanto o desespero da mulher pega em adultério (João 8) crescia e ela prostrava-se diante Dele, uma multidão se aproximava com todo tipo de acusação.
eles viam uma adúltera que 'deveria' morrer, mas não conseguiam enxergar seus próprios erros e pecados. então, Jesus... em Sua extrema sabedoria, inclinou-se e escreveu na terra, depois levantando-se disse: "Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela" {João 8:7}. Penso eu que o silêncio espantoso pairou sobre cada pessoa ali naquele lugar, começaram a enxergar a sua própria podridão e abandonaram suas pedras ao chão.

quantas vezes estamos na situação dessa mulher não é mesmo? sabemos o quanto dói ser julgado, repudiado, excluído... mas porque, em outros momentos, somos a multidão com pedras nas mãos? sim, isso mesmo. muitos de nós quisemos matar pessoas em nossos corações, arrancar de nossas vidas e atirá-las para fora de nossas orações. e pior ainda, é que essas pessoas são nossos irmãos em Cristo.

já fui aquela mulher pecadora, mas nada me doeu mais do que ser a multidão que queria apedrejá-la.
nada doeu mais do que Jesus olhar profundamente em meus olhos e me mostrar que nada estava oculto. HIPÓCRITA. nada me doeu mais do que Jesus me mandar olhar a trave em meus olhos... e que trave! nada me doeu mais do que não querer perdoar um irmão, depois de aprender com Jesus que esse é o meu dever como discípulo. preferiria mil vezes ser aquela adúltera arrependida, que mesmo com todos os seus erros, era capaz de enxergá-los, de se humilhar diante de Deus e de adorá-lo com todo o seu coração... a ser uma multidão com pedras, julgamentos e senso de justiça próprio, que é incapaz de ver o próprio erro, sentir o próprio fedor e se arrepender.

eu preciso largar essas pedras ao chão...
não posso! não devo atirá-las!
porque eu tenho PECADOS.

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