O que esperar?


Depois que as palavras são lançadas, os nós desatados e a tristeza é cravada no peito, o que esperar?
Um pedido de perdão, um recomeço, uma chance de mudar  tudo e ser diferente para sempre?
Mas, e se as situações se repetirem, se arrancarem a casquinha da minha ferida e ela voltar a sangrar, o que esperar?
Esperar que eu nunca me cure da lágrima, da tristeza ou da raiva de nunca conseguir me curar?
Se eu conseguisse simplesmente deixar pra lá e tentar viver na primeira pessoa dos singular para sempre, mesmo assim, o que esperar?
A solidão que abraça a todo tempo, como a amante mais grudenta que alguém já pôde ter! Que fim terei?
Os questionamentos são tantos, a vontade de viver o pretérito perfeito já que o passado simples não me satisfez. O que esperar?
Tem tantas notas nessa música aí, que nem consigo ouvir, o que elas querem dizer à mim... Preciso esperar que me digam algo?
Ah, e o calendário vai virando suas folhinhas, as semanas são riscadas, e o que eu queria, já não quero mais. O que esperar?
Depois que os sonhos se tornam nuvens, bem distantes, inalcançáveis e sempre, sempre indo embora... Continuo acreditando? Continuo esperando eles voltarem?

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