A passeata da cura guei.

Dia 20/06 ficou marcada por uma grande nuvem de maconha e cartazes xingando o Feliciano. Não sei a maioria, mas eu achei que as cinco causas tão compartilhadas via facebook iriam ser o foco da nossa manifestação, só que não. Como disse minha cara amiga Allana: "muitas vezes me senti em um bloco de carnaval", e eu acrescento "também como um idiota" (só faltou a Ivete Sangalo lá em cima rebolando do carro de som). Parecia mais uma passeata pela descriminalização da maconha, juro. Depois de andar não sei quantas horas, por ruas desertas do centro protestando pra sei lá quem ouvir, o povo resolveu (sim, resolveu ali, de qualquer jeito) ir pra orla. Oi? Tamanha bagunça e desorganização se refletiu no desmembramento do grupo a partir daquela praça no centro. Faltou foco. Eu parei ali mesmo no Sesc, já estava morta e não sabia qual seria o fim daquele trajeto desordeiro, meus pés nem obedeciam mais meu cérebro, voltei pra casa... Decepcionada. Era tanto barulho de batucada, era tanta briga pelo monopólio do microfone com maior razão, que eu me enchi. Em vários momentos eu olhei pro lado e perguntei: "O que é que estão fazendo? Estão indo pra onde?". Vi cartazes com dizeres de baixo nível e piadas relacionadas à tal 'cura gay', manifestantes putinhos da cara com um cidadão que só preside as reuniões mas não foi o autor do texto. Talvez seja essa a intenção da mídia, mudar nosso foco para coisas sem importância. E a questão da saúde mesmo? E o lance da educação? A não, é verdade, falar do seu rabo em um cartaz dizendo que ele é "laico" é mais divertido. Me desculpem os que foram com boas intenções, sei que motivei tanta gente e eu mesma estava motivada, mas não participo nem tão cedo dessa rebelião de adolescentes procurando uma forma de aparecer na TV gazeta.

E só pra constar, aos desinformados:


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