Pedaços.

Eis nós aqui outra vez, mesclando nossa liberdade de ação com a indiferença, erguendo nosso orgulho, razão e juízo contra a parte mais frágil de nós. O que há depois disso? Acaso não há uma reação para toda ação? Passam-se então os momentos, os dias e mais dia menos dia, estaremos vazios de novo, procurando o nosso porto seguro nos olhos de quem nos acolhe, sem no entanto, encontra-los. Esse é o ciclo da vida, apesar de dizerem que não há início e nem fim, todo grande laço, toda forte amizade, todo amor inquebrável e juras de lealdade eterna entre amigos, irmãos, amantes... Tudo isso pode um dia se romper. Pode se quebrar.
Quem reconstrói o que você demoliu com suas palavras?
Quem junta os cacos e cola pedacinho por pedacinho quando você vira as costas? Quem arma uma rede entre nossas distâncias e tenta fazer disso no mínimo algo bom? Quem preenche as lacunas do silêncio com uma tentativa ou outra de se reconectar e depositar amor e cuidado onde em algum momento faltou?
Cá estamos nós. Somos uma sociedade entupida de gente egoísta, arrogante e ingrata. Pessoas cheias de razão e de orgulho! Pessoas cheias de coragem quando se trata de lançar doses de indiferença no outro, mas que não possuem a mesma na hora de olhar nos olhos e dizer: “vamos conversar, vamos resolver nossas diferenças, vamos deixar o amor reinar sobre essa pequena farpa no dedo”.Acho que não dá pra falar muito sobre uma situação quando você não está vendo “do lado de fora”, é triste... É doloroso... Mas tudo que nasce, um dia morre.

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