Máscara.

Passou despercebido, entre o bom dia que dei ao cobrador até sentar-me em um lugar qualquer. Sentei? Não me lembro muito bem, só sei que estava muito quente lá dentro, abafado, vidros embaçados e uma chuva fina do lado de fora. Ali, entre estranhos à caminho da faculdade, a lágrima queria escorrer e externar algo que lutei tanto para esconder. "Não acredito nisso! - pensei - Justo aqui e agora?". Controlei-me, fingi um bocejo ou algo assim, só para que ninguém me julgasse, por estar chorando dentro de um coletivo. E foi assim, que mais uma vez, usei minha máscara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário