vida social: offline.

eu acho que sumi da vida das pessoas, sem deixar trilhas, mapas ou enigmas.
não sei se fiz isso induzida pelas rotas que a minha vida tomou, ou se fui forçada pelo lado oposto.
a grande maioria com quem cultivava laços de amizade, afeição, desapareceu... esqueceu.
não sei entender, explicar e racionalizar o que ocorre, mas sempre tive a sensação de que minha "sina" é ficar só. 
não, não sou totalmente reclusa do mundo, tenho minha família, meu namorado e dois ou três amigos de verdade e graças a Deus por eles existirem! mas compreende... nunca fui dos grandes grupos de pessoas, nem na escola, nem na faculdade, trabalho ou igreja. sempre fui "a menina calada, no canto, sozinha".
sempre fui aquele tipo de pessoa que prefere observar, se relacionar com quem se aproxima de forma recíproca, nunca fui de me abrir pra qualquer um e achar que o padeiro é meu amigo. não sei dizer se isso em parte é fruto da cultura "curitibana" que mantenho em mim, ou se eu sou realmente (nitidamente) desconfiada de todos e tudo. 
creio que muita gente deve enfrentar esse tipo de situação, muita gente parecida comigo nesse sentido...
Whatever... o que estou querendo dizer, é que não tenho vida social. aquela de ter uma 'galera' chamando pra ir 'dar um rolé' na orla, ou coisas do tipo. vivo em casa, sempre em casa. e ainda tem neguinho que vem chamar pra ir "na ebd domingo de manhã, porque tô sumida". as pessoas não se interessam pela sua vida, pelo que você pensa, sente, em ser seu amigo só pelo simples fato de querer te conhecer melhor, as pessoas se aproximam (em grande parte) pra fuçar seus podres, espalhar a merda no ventilador e depois passar por você virando a cara, como se nada tivesse acontecido. uhum.
perdi a conta de quantas vezes tentei me envolver nesses 'grandes grupos', inclusive dentro da igreja, mas eu não consigo, rs. muita gente me julga dizendo que sou "metida a besta", "fresca", "nojentinha", "chata", "altiva", que não gosto "de me misturar". sendo que não é isso, nunca foi!
enfim, se a melhor maneira de enfrentar meu fracasso como uma pessoa "socialmente ativa" é viver offline, então, que seja.

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