Sobre as ambiguidades

O que te torna melhor, superior? O fato de ter um livro, ou o poder de lê-lo? O que te torna mais belo, o laçarote na caixa ou o conteúdo dentro dela? O que faz de você rico, a quantia na conta bancária ou as taxas normais em exames de rotina? O que te faz feliz, ter alguém que te ame ou esse alguém ser você mesmo? O que te faz enxergar, nenhuma dificuldade visual severa ou a habilidade de se ater a detalhes que outras pessoas não prestam atenção?
A vida é cheia desses corre-corres e não resta muito tempo para se pensar no por que se vive e o que estamos fazendo com nosso precioso tempo. Mas precisamos dessa pausa, nos indagar o por que de certas coisas mesmo que não hajam respostas. Repensar nossos valores e se tudo o que sempre acreditamos é mesmo a verdade inteira ou só um ponto de vista de terceiros que passou a ser nosso por simples negligência de se pensar e perguntar sobre tudo. Somos donos da verdade? Por exemplo, há quem veja as horas de trabalho como perda de tempo e energia gasta desnecessariamente, no entanto, há quem veja esse desperdício em duas ou três horas de lazer em frente um playstation. Um grupo dirá: "Capitalismo, escravidão contemporânea, bitolados" e outro grupo dirá: "Vagabundos, nerds, acomodados e inertes". E o respeito... Na lata de lixo. As pessoas são diferentes, isso não é novidade. Mas não entendo por que travamos certas guerras idiotas com os outros querendo obrigá-los a ser, agir e pensar como nós. É certo isso? Ou melhor, é justo? Todo mundo já cometeu esse erro alguma vez na vida, e às vezes vêm acrescido de nossos julgamentos do que é certo ou errado. Conclusão: somos idiotas, fazendo idiotices e cagando com os nossos relacionamentos por muitas vezes não respeitarmos o outro como são ou querem ser. Se trans, homo, hetero, marijuana, louco do arrocha, crente fanático ou metaleiro tr00... Independente das crenças, cor de pele e costumes precisa haver respeito. Não importa, deixemos o mundo das pessoas em sua perfeita órbita e nos metamos com nossa própria vida medíocre.
Pois, o que nos torna melhor que os outros?
Nada, absolutamente nada.

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